Anderson Lima

Anderson Lima, Torcedor do Fortaleza Esporte Clube, com várias missões e ver o Rei Leão do Brasil sempre Campeão.

Cícero Capacete

Postado por Anderson Lima sábado, 25 de julho de 2009

Passar a sua experiência para adolescentes e crianças, seja simplesmente na área de educação física, ou seja no âmbito estrito do futsal ou futebol de campo. Este é o mister a que se dedica o ex-goleiro Cícero Capacete, que criou fama no futebol cearense, defendendo o Fortaleza.

Cícero preenche bem o perfil do ex-jogador ajuizado, que soube continuar na vida pós-carreira de atleta, o sucesso obtido nas quatro linhas. Ainda quando era jogador, Cícero pensou no futuro e teve o privilégio de pertencer à primeira turma de formandos em Educação Física da Unifor, Universidade de Fortaleza. Em 1975, ele recebia o seu canudo e se preparava para seguir outra profissão, logo que pendurasse as chuteiras. Desde 1974, Cícero é professor da rede municipal de ensino, além de ensinar em vários outros colégios particulares, tais como Salesiano Dom Lustosa, 7 de Setembro, além de ser professor universitário da UVA. No último dia três de março, ele completou 30 anos no magistério.

A carreira de professor de educação física o deixa realizado, profissionalmente. A princípio, o ?Capacete? pensou em fazer o curso de odontologia, mas na época resolveu aproveitar o surgimento do curso de educação física na Unifor e de lá para cá não largou mais a profissão. O ex-arqueiro não quis seguir a carreira de técnico de futebol. As experiências não foram muito boas. ?Alguns dirigentes que ajudavam, queriam opinar na escalação. Sempre fui contra isto e resolvi mudar de atividade?, lamentou-se. Porém, logo que deu por encerrada a sua trajetória como atleta, Cícero iniciou a carreira de preparador físico, em 87, no próprio clube que o consagrou, no caso, o Fortaleza. Depois de passar quatro anos fora da agremiação, já nos anos 90, o ídolo foi treinador de goleiros e dividiu as funções na preparação física com Clineu França e Zé Paulo.

De onde veio o apelido de Cícero Capacete? Foi uma pergunta que se impôs na entrevista. ?Um integrante da imprensa esportiva foi quem colocou o apelido. O profissional que era setorista do Fortaleza, na época, lia o nome dos jogadores e acrescentava sempre um apelido. O Júnior, do Flamengo e da Seleção Brasileira usava o cabelo estilo black power, como eu usava, e daí houve uma semelhança e o nome pegou?.

Cícero Soares Matos, hoje com 55 anos, lembra muito bem o seu início, em equipes do subúrbio dos anos 70, como Piamarta e Montese. Nesse período, o dirigente José Maria Calado, a mando do técnico Moésio Gomes, mandou trazê-lo das equipes amadoras para o Fortaleza. No clube, ingressou no juvenil, sendo logo agregado ao time profissional. Em 1969, foi campeão juvenil, aspirante, profissional e vice-campeão brasileiro.

Diversos outros títulos marcaram a vida de Cícero Capacete. Em 1970, foi campeão do Nordestão. Em 73, sagrou-se campeão cearense e 74 conquistou o bicampeonato. No ano de 1976, ele deixou o Leão do Pici e partiu para jogar no América/RN, onde se tornou campeão e bi pelo clube do vizinho Estado.

Um dos fatos mais inesquecíveis de sua história pessoal foi o campeonato conquistado pelo Ferroviário, em 1979, com o arqueiro jogando como titular, na decisão contra o Ceará, até então, tetracampeão. ?Se nós perdêssemos o Ceará iria festejar um penta cearense, até hoje inédito. Nos dedicamos e fizemos logo um gol, com o Celso Gavião. Daí para frente só deu Ceará e eu estava numa noite brilhante, pegando tudo?, lembrou. ?O jogo aconteceu numa quarta-feira à noite no Castelão e no outro dia eu assisti ao teipe, ainda morrendo de medo que o Ceará empatasse?, brincou o ex-goleiro. Seus títulos não pararam por aí. Em 85, ele foi campeão pelo Piaui Esporte Clube e em 87, voltou a estampar outra faixa de campeão no peito, pelo Fortaleza de seu coração.

O ex-craque lamenta que hoje, em comparação com o futebol de sua época, um jogador mediano, que tenha alguma noção do esporte e seja um bom profissional e atleta, possa se destacar. ?Na minha época predominava o talento, os times deixavam os outros jogarem. Hoje, é mais vigor físico e marcação?, compara. No aspecto financeiro, ele diz que ganhou o suficiente para realizar todos os sonhos dos seus pais. É casado com Norma Maria, com quem tem três filhos.

FONTE: Diário do Nordeste

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